Nova York, 25 de julho de 2012- As autoridades mexicanas devem investigar imediatamente o desaparecimento de um fotojornalista que foi visto pela última vez na quinta-feira, disse hoje o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Miguel Morales Estrada trabalha em Veracruz, que se tornou o estado mais perigoso para a imprensa no México, de acordo com a pesquisa do CPJ.
Morales, que trabalha para o jornal Diario de Poza Rica e como freelancer para o jornal Tribuna Papanteca na cidade de Papantla, desapareceu após dizer aos diretores do Diario de Poza Rica que precisava sair da cidade “por razões pessoais”, segundo o comunicado do gabinete do procurador-geral de Veracruz. O repórter foi visto pela última vez por sua esposa na cidade de Poza Rica, no estado de Veracruz, conforme noticiado.
Na segunda-feira, a esposa de Morales registrou queixa junto ao Ministério Público estadual, de acordo com a imprensa. As autoridades afirmaram ter iniciado uma investigação sobre o desaparecimento do jornalista, informam as reportagens.
“Instamos as autoridades mexicanas a investigar meticulosamente o desaparecimento de Miguel Morales Estrada”, disse o coordenador sênior do programa das Américas do CPJ, Carlos Lauría. “Uma investigação completa e efetiva enviaria ao público e à imprensa de Veracruz um sinal de que as autoridades pretendem proteger seu direito à liberdade de expressão”.
Jornalistas mexicanos disseram ao CPJ que o desaparecimento de Morales está intensificando o temor entre os profissionais de imprensa do estado. Desde março de 2011, ao menos dois jornalistas desapareceram em Veracruz, um dos quais foi encontrado morto quase dois meses depois, apurou o CPJ. Outros jornalistas abandonaram suas cidades por temor de represálias, mostra a investigação do CPJ. O México é um dos países mais perigosos para a imprensa, demonstra a pesquisa do CPJ.
- Para mais informações e análises sobre o México, visite a página do CPJ sobre o país aqui.