Nova York, 29 de setembro de 2011–O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) está preocupado com os artigos da imprensa sobre o desaparecimento do jornalista mexicano Manuel Gabriel Fonseca Hernández na cidade de Acayucán, estado de Veracruz. Os amigos de Fonseca inicialmente disseram que ele havia desaparecido em 20 de setembro, segundo as informações da polícia.
Fonseca, de 18 anos, cobria a editoria de polícia para o jornal El Mañanero. Autoridades federais indicaram que a polícia local na região está controlada por grupos do crime organizado, segundo as informações da imprensa. Vários jornalistas adaptam suas reportagens para não ofender os líderes do crime organizado ou seus aliados políticos, disseram repórteres ao CPJ.
“Instamos as autoridades mexicana a localizar Manuel Gabriel Fonseca Hernández e a garantir sua segurança”, afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ. “As autoridades mexicanas devem oferecer garantias para que os jornalistas possam cumprir seu trabalho informativo sem temor de represálias”.
Os jornalistas afirmaram que não puderam localizar Fonseca pelo seu telefone celular, informou a imprensa local. Outra jornalista disse à polícia que havia recebido uma mensagem de texto indecifrável do número Fonseca, mas não conseguiu localizá-lo quando tentou chamá-lo.
Várias fontes destacaram ao CPJ que o desaparecimento de Fonseca está aprofundando o medo em um estado onde quatro jornalistas foram assassinados este ano. Muitos repórteres abandonaram o estado ou permanecem escondidos, demonstra uma pesquisa do CPJ. A violência do narcotráfico converteu o México em um dos países mais perigosos para a imprensa, segundo a apuração do CPJ.