Cidade do México, 24 de abril de 2018 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) saudou a prisão de um suspeito no caso do assassinato do jornalista mexicano Javier Valdez Cárdenas. Em uma coletiva de imprensa realizada hoje, a polícia nomeou o suposto cúmplice do assassinato de 2017, Heriberto ‘N’, de 26 anos, conhecido como “El Koala”, e disse que Valdez foi morto por suas reportagens. A prisão foi anunciada através do Twitter, ontem, pelo secretário do Interior do México, Alfonso Navarrete.
“A prisão de um suspeito no homicídio de Javier Valdez Cárdenas é um passo bem-vindo, mas pedimos às autoridades mexicanas que identifiquem todos os responsáveis pelo crime, incluindo o autor intelectual”, disse o representante do CPJ no México, Jan-Albert Hootsen. “Muitas vezes, as investigações sobre os assassinatos de jornalistas mexicanos ficam paralisadas depois que suspeitos de baixo escalão são presos, o que permite que a impunidade se desenvolva”.
Valdez, ganhador em 2011 do Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do CPJ, foi morto em 15 de maio de 2017, em Culiacán, capital do estado de Sinaloa, segundo a pesquisa do CPJ. O México é um dos países mais mortais do Hemisfério Ocidental para jornalistas. O México ficou em sexto lugar no mais recente Índice de Impunidade do CPJ, que destaca países onde jornalistas são assassinados regularmente e os homicidas ficam livres.