15 de maio de 2017 – O promotor mexicano para crimes contra a liberdade de expressão no México deve investigar rapidamente o assassinato de Javier Valdéz Cárdenas e levar os responsáveis à justiça, disse hoje o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Valdéz foi baleado e morto hoje perto dos escritórios do Ríodoce, o semanário local que fundou em 2003 na capital do estado de Sinaloa, Culiacan, de acordo com os informes.
Valdez, que o CPJ honrou com seu Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa em 2011, também era correspondente do jornal La Jornada. Ele cobria crime e tráfico de drogas, e escreveu uma série de livros sobre o comércio de drogas. Valdéz disse ao CPJ nas semanas que antecederam sua morte que estava preocupado com sua segurança.
“O Comitê para a Proteção dos Jornalistas homenageou Javier Valdéz Cárdenas com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa em 2011 para reconhecer sua bravura e jornalismo intransigente em face de ameaças”, disse o diretor-executivo do CPJ, Joel Simon. “Sua perda é um golpe para o jornalismo mexicano e para o público mexicano, que vê uma sombra de silêncio se espalhando por todo o país.”
No início deste mês o CPJ divulgou um relatório, “No Excuse: Mexico must break cycle of impunity in journalists’ murders,“(Sem Desculpas: O México deve quebrar o ciclo de impunidade em assassinatos de jornalistas), sobre a violência contra jornalistas no país.