Nova York, 07 de agosto de 2015- O Comitê para a Proteção dos Jornalistas condena o assassinato na quinta-feira do radialista brasileiro Gleydson Carvalho no município de Camocim no estado nordestino do Ceará, e insta as autoridades a levar os assassinos à justiça. Carvalho estava apresentando um programa na Rádio Liberdade FM quando dois pistoleiros não identificados entraram no estúdio da emissora durante uma programação musical e atiraram nele, de acordo com reportagens da imprensa. Ele morreu a caminho do hospital, segundo informações da imprensa. O jornalista tinha criticado frequentemente os políticos locais e recebeu repetidas ameaças de morte em sua página no Facebook, informou a imprensa.
“A violência contra a imprensa no Brasil já havia atingido níveis inaceitáveis. Agora estamos atordoados com o assassinato de Gleydson Carvalho no meio de seu programa de rádio “, disse Sara Rafsky, pesquisadora associada do CPJ para as Américas. “As autoridades devem tomar medidas para combater a crise de liberdade de imprensa que está violando o direito de todos os brasileiros de ser informado, para não mencionar que ceifa vidas dos jornalistas.”
O CPJ tem documentado um aumento acentuado na violência letal contra a imprensa no Brasil nos últimos anos. Três outros jornalistas foram mortos este ano em retaliação direta por seu trabalho, incluindo dois que foram mortos e torturados em um período de uma semana em maio. Nenhum dos casos foi resolvido. Pelo menos 16 jornalistas foram mortos em represália direta por seu trabalho desde 2011, segundo a pesquisa do CPJ.
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