Enquanto os militares lutam contra os cartéis de droga – e os grupos criminosos brigam entre si – a imprensa fica sob o fogo cruzado de criminosos e funcionários públicos corruptos que tentam controlar o fluxo de informações. Jornalistas desapareceram, foram ameaçados ou forçados a fugir em represália por seu trabalho e diversos meios de comunicação foram atacados. O jornalista Adrían Silva Moreno foi morto a tiros em Puebla logo após reunir informações sobre um roubo de gasolina em grande escala e, em seguida, presenciar um confronto entre soldados e criminosos armados. Cinco outros jornalistas foram assassinados durante o ano; o CPJ estava investigando para determinar se os crimes estavam relacionados ao trabalho das vítimas. Após ser alvo frequente de represálias, um jornal publicou um editorial declarando que não divulgaria mais reportagens sobre a violência desencadeada pelos cartéis. Em uma demonstração da insatisfação pública com a sangrenta ofensiva do presidente Felipe Calderón Hinojosa contra os cartéis, o rival Partido Revolucionário Institucional voltou ao poder com a eleição de Enrique Peña Nieto para a presidência. A administração de Calderón conquistou um marco histórico para a liberdade de imprensa em seu último ano. Após anos de esforços do CPJ e de outros grupos de defesa da liberdade de imprensa, o Congresso e os estados aprovaram uma emenda constitucional apoiada por Calderón federalizando os crimes contra a liberdade de expressão, um passo decisivo para combater a corrupção e a impunidade em todas as jurisdições do país. Entretanto, a legislação necessária para implementar a emenda ainda não havia sido aprovada no final do ano. Pelo menos 14 jornalistas foram assassinados em represália por seu trabalho durante a gestão de Calderón, entre dezembro de 2006 e dezembro de 2012, caracterizando o período como um dos mais letais para a imprensa já registrado em todo o mundo.

México

Principais acontecimentos

» Intimidação violenta continua com várias redações atingidas por bombas e tiros

» México adota medida histórica que federaliza os crimes contra a imprensa.

Enquanto os militares lutam contra os cartéis de droga – e os grupos criminosos brigam entre si – a imprensa fica sob o fogo cruzado de criminosos e funcionários públicos corruptos que tentam controlar o fluxo de informações. Jornalistas desapareceram, foram ameaçados ou forçados a fugir em represália por seu trabalho e diversos meios de comunicação foram atacados. O jornalista Adrían Silva Moreno foi morto a tiros em Puebla logo após reunir informações sobre um roubo de gasolina em grande escala e, em seguida, presenciar um confronto entre soldados e criminosos armados. Cinco outros jornalistas foram assassinados durante o ano; o CPJ estava investigando para determinar se os crimes estavam relacionados ao trabalho das vítimas. Após ser alvo frequente de represálias, um jornal publicou um editorial declarando que não divulgaria mais reportagens sobre a violência desencadeada pelos cartéis. Em uma demonstração da insatisfação pública com a sangrenta ofensiva do presidente Felipe Calderón Hinojosa contra os cartéis, o rival Partido Revolucionário Institucional voltou ao poder com a eleição de Enrique Peña Nieto para a presidência. A administração de Calderón conquistou um marco histórico para a liberdade de imprensa em seu último ano. Após anos de esforços do CPJ e de outros grupos de defesa da liberdade de imprensa, o Congresso e os estados aprovaram uma emenda constitucional apoiada por Calderón federalizando os crimes contra a liberdade de expressão, um passo decisivo para combater a corrupção e a impunidade em todas as jurisdições do país. Entretanto, a legislação necessária para implementar a emenda ainda não havia sido aprovada no final do ano. Pelo menos 14 jornalistas foram assassinados em represália por seu trabalho durante a gestão de Calderón, entre dezembro de 2006 e dezembro de 2012, caracterizando o período como um dos mais letais para a imprensa já registrado em todo o mundo.



  • 12

    Desaparecidos
  • 14

    Assassinados no mandato de Calderón
  • Classificação no Índice de Impunidade
  • 6

    Meios de comunicação atacados
 

Mais jornalistas desapareceram no México do que em qualquer outro país do mundo. Pelo menos nove foram dados como desaparecidos durante o mandato de seis anos do presidente Calderón, segundo a pesquisa do CPJ. O desaparecimento do fotógrafo da editoria policial Miguel Morales Estrada no estado de Veracruz foi comunicado em junho de 2012, de acordo com as informações da imprensa.

Países onde jornalistas foram dados como desaparecidos desde 1982:
México 12
Rússia: 8
República Democrática do Congo: 2
Iraque: 2
Ruanda: 2
Síria: 1
Sri Lanka: 1
Ucrânia: 1
Cazaquistão: 1
Indonésia: 1
Costa do Marfim: 1
Egito: 1
Sérvia e Montenegro: 1
Argélia: 1
Líbano: 1
 

Outros 27 jornalistas foram mortos no mesmo período. O CPJ está investigando se estes homicídios estão relacionados ao exercício da profissão.

Assassinados durante a presidência de Calderón, motivo confirmado:
 

Com pelo menos 15 assassinatos não resolvidos durante a última década, o México é a oitava pior nação no combate à violência letal contra a imprensa, segundo o Índice de Impunidade do CPJ, que destaca os países onde os jornalistas são assassinados regularmente e os assassinos permanecem livres.

Índice de Impunidade do CPJ 2012:
impunity

1. Iraque
2. Somália
3. Filipinas
4. Sri Lanka
5. Colômbia
6. Nepal
7. Afeganistão
8. México
9. Rússia
10. Paquistão
11. Brasil
12. Índia
 

As instalações de pelo menos seis meios de comunicação foram atacadas em 2012, segundo a pesquisa do CPJ. Três suplementos do jornal El Norte, da cidade de Monterrey, foram atacados em julho. O diário El Mañana, da cidade de Nuevo Laredo, foi alvo de um atentado no mesmo mês. Em março, dois meios de comunicação no estado de Tamaulipas, no nordeste do país, foram atacados em menos de uma semana.


Detalhes sobre os ataques:*

1 Carro bomba
2 Granada
2 Dispositivo explosivo
1 Armas de fogo
1 Incêndio criminoso

* As instalações de um meio de comunicação foram atacadas simultaneamente por arma de fogo e uma granada.

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