Jornalistas que cobrem questões sensíveis como tráfico de drogas, corrupção no governo e conflitos de terras frequentemente enfrentam ameaças e ataques em uma nação tão dominada pela violência e pela impunidade que se tornou um dos lugares com maior risco de assassinato no mundo. O sequestro e assassinato de Ángel Alfredo Villatoro, um dos jornalistas mais conhecidos do país e amigo do presidente Porfirio Lobo, foi manchete durante semanas e levou a manifestações em todo o país contra a violência direcionada à imprensa. As autoridades não identificaram o motivo, mas acusaram três pessoas pelo homicídio. Refletindo a profunda polarização que se seguiu ao golpe de 2009 apoiado pelos militares, ataques a repórteres vistos como simpatizantes do presidente deposto Manuel Zelaya, atraíram menor atenção e ação do governo. A pesquisa do CPJ mostrou que as autoridades têm sido lentas e negligentes na investigação de numerosos casos de assassinato de jornalistas e outros crimes contra a imprensa desde o golpe de 2009 e, inclusive, tentaram minimizar a extensão da violência. A imprecisão nas investigações – o CPJ constatou que as autoridades frequentemente deixavam de ouvir testemunhas ou coletar evidências – tornou difícil determinar os motivos em muitos dos casos. Enquanto o Senado dos Estados Unidos declarou que deveria ser suspensa qualquer ajuda para Honduras devido às supostas violações de direitos humanos cometidas pela polícia, o Departamento de Estado anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Bilateral de Direitos Humanos para ajudar o governo hondurenho na investigação dos homicídios de jornalistas.
Jornalistas que cobrem questões sensíveis como tráfico de drogas, corrupção no governo e conflitos de terras frequentemente enfrentam ameaças e ataques em uma nação tão dominada pela violência e pela impunidade que se tornou um dos lugares com maior risco de assassinato no mundo. O sequestro e assassinato de Ángel Alfredo Villatoro, um dos jornalistas mais conhecidos do país e amigo do presidente Porfirio Lobo, foi manchete durante semanas e levou a manifestações em todo o país contra a violência direcionada à imprensa. As autoridades não identificaram o motivo, mas acusaram três pessoas pelo homicídio. Refletindo a profunda polarização que se seguiu ao golpe de 2009 apoiado pelos militares, ataques a repórteres vistos como simpatizantes do presidente deposto Manuel Zelaya, atraíram menor atenção e ação do governo. A pesquisa do CPJ mostrou que as autoridades têm sido lentas e negligentes na investigação de numerosos casos de assassinato de jornalistas e outros crimes contra a imprensa desde o golpe de 2009 e, inclusive, tentaram minimizar a extensão da violência. A imprecisão nas investigações – o CPJ constatou que as autoridades frequentemente deixavam de ouvir testemunhas ou coletar evidências – tornou difícil determinar os motivos em muitos dos casos. Enquanto o Senado dos Estados Unidos declarou que deveria ser suspensa qualquer ajuda para Honduras devido às supostas violações de direitos humanos cometidas pela polícia, o Departamento de Estado anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Bilateral de Direitos Humanos para ajudar o governo hondurenho na investigação dos homicídios de jornalistas.
A pesquisa do CPJ constatou que homicídios de jornalistas raramente são solucionados. Condenações foram obtidas em apenas um de cada cinco casos desde 1992. Repórteres que cobrem crimes, corrupção e política têm sido especialmente vulneráveis aos ataques.
60% | Corrupção |
60% | Crime |
40% | Política |
20% | Economia e Negócios |
20% | Cultura |
* A soma é superior a 100% porque alguns jornalistas cobriam mais de um assunto.
Os dados do CPJ indicam que pelo menos três jornalistas foram assassinados em relação direta com o exercício da profissão desde o golpe. Doze outros foram mortos em circunstâncias ainda não esclarecidas e o CPJ continua investigando.
Em episódios separados, homens armados dispararam contra o repórter da Radio Cadena Voces José Encarnación Chinchilla López, no jornalista da televisão internacional JBN Selvin Hercules Martínez, e no correspondente do Canal 6 Elder Joel Aguilar. Não houve vítimas fatais, segundo as informações.
Um relatório de 2011 das Nações Unidas constatou que Honduras possuía a maior taxa de homicídios per capita do mundo, com 82,1 assassinatos por cada 100.000 habitantes.