Bogotá, 5 de fevereiro de 2004 O CPJ, Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) investiga o assassinato de Oscar Alberto Polanco Herrera, jornalista de televisão morto a balas ontem, dia 4 de fevereiro, na cidade de Cartago, departamento de Valle del Cauca, cerca de 200 quilômetros a sudoeste da capital, Bogotá.
As autoridades disseram que Polanco Herrera, diretor do jornal local “CNC Notícias”, transmitido pela Cable Unión de Occidente, recebeu três disparos por parte de dois pistoleiros que se deslocavam em motocicletas quando se encontrava no estacionamento de seu escritório, por volta da uma da tarde. O coronel da Polícia Jairo Salcedo disse que as autoridades não possuem informações sobre os pistoleiros ou os possíveis motivos do crime.
Polanco, de 37 anos de idade, era responsável por um noticiário local transmitido diariamente com duração de uma hora. Segundo Luis Ángel Murcia, amigo e colega de Polanco, há cerca de um mês e meio Polanco mudou o formato de seu programa e começou a utilizá-lo como um fórum destinado à crítica irreverente de funcionários locais.
Murcia sustentou que, apesar do novo formato, o programa de Polanco manteve uma estreita relação com a prefeitura, e que o mesmo Polanco era amigo pessoal de vários políticos locais.
“Cartago é uma cidade intolerante com uma longa história de narcotráfico e pistolagem”, Murcia contou ao CPJ. “Atualmente, isto diminuiu consideravelmente, mas a intolerância cria inimigos facilmente e a maioria dos problemas são resolvidos com balas”.
Não se conhecia nenhuma ameaça de morte contra Polanco antes de seu assassinato, segundo Murcia.
O governador de Valle del Cauca, Angelino Garzón, condenou o assassinato de Polanco. Foi oferecida uma recompensa de 5 milhões de pesos colombianos (1.800 dólares norte-americanos) por informações que levem à captura dos assassinos de Polanco.