Grupos de liberdade de imprensa pedem que candidatos à presidência no Brasil garantam a segurança de jornalistas que cobrem as eleições

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala, com anotações escritas em sua mão esquerda, durante uma conferência em São Paulo, Brasil, em 23 de agosto de 2022. Recentemente o CPJ se juntou a uma carta conjunta pedindo aos candidatos à presidência no Brasil que se comprometessem a garantir a segurança de jornalistas na cobertura das eleições. (AFP/Miguel Schincariol)

Esta semana, o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) juntou-se a 10 outros grupos da sociedade civil e organizações de liberdade de imprensa em uma carta a todos os candidatos à presidência no Brasil, instando os mesmos, seus partidos políticos e coalizões partidárias a se comprometerem a garantir que jornalistas possam noticiar com segurança e liberdade durante as próximas eleições no Brasil.

Na carta, as organizações destacaram as preocupações com a crescente violência contra jornalistas e ameaças à liberdade de imprensa no país. A “Carta Compromisso com a Liberdade de Imprensa e a Segurança de Jornalistas nas Eleições 2022” solicita que os candidatos se comprometam com sete ações durante o período eleitoral, incluindo condenar publicamente a violência contra jornalistas, garantir igualdade de acesso à informação e a eventos de campanha, não utilizar processos judiciais ou outros procedimentos legais para retaliar ou tentar censurar a imprensa. 

Representantes de três dos quatro candidatos que ocupam o topo do ranking nas pesquisas de opinião confirmaram o recebimento da carta: o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores), Ciro Gomes (Partido Democrático Trabalhista) e Simone Tebet (Movimento Democrático Brasileiro). Os coordenadores de campanha do presidente Jair Bolsonaro (Partido Liberal), que está concorrendo à reeleição, não acusaram o seu recebimento nem responderam ao e-mail de um representante das 11 organizações pedindo por um compromisso com a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas.

A carta completa está disponível em português aqui.

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