Ataque à Imprensa em 2012: Colômbia

Jornalistas enfrentaram uma nova onda de violência da parte de grupos armados ilegais nos meses que antecederam o anúncio do governo do presidente Juan Manuel Santos de iniciar conversações de paz com o grupo guerrilheiro de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O grupo manteve o repórter francês Roméo Langlois em cativeiro por mais de um mês, o primeiro sequestro de um jornalista internacional na Colômbia desde 2003, de acordo com a pesquisa do CPJ. Fernando Londoño, apresentador de um programa de rádio e ex-funcionário de alto nível do governo, ficou ferido e seu guarda-costas foi morto em um atentado à bomba em Bogotá. A polícia também esteve implicada em um incidente de violência contra a imprensa. Em novembro, o jornalista freelance Guillermo Quiroz Delgado morreu após ser preso enquanto cobria um protesto no departamento de Sucre. No hospital, Quiroz declarou ter sido agredido por policiais. Várias decisões judiciais favoreceram a imprensa. Irritados com as críticas expressas em um artigo de opinião, os sete juízes da Sala Penal da Corte Suprema de Justiça impetraram uma ação penal por difamação sem precedentes contra a colunista Cecilia Orozco Tascón. Os juízes desistirem do processo após sofrerem críticas generalizadas. A Procuradoria-geral classificou os atos de sequestro e violência sexual contra a jornalista Jineth Bedoya, ocorridos em 2000, como crimes contra a humanidade e, portanto, imprescritíveis. E dois ex-funcionários da agência nacional de inteligência (DAS), foram condenados a seis anos de prisão por um programa de espionagem ilegal que tinha como alvo jornalistas críticos, entre outras pessoas.

Colômbia

Principais acontecimentos:

» Grupos armados ilegais retomam a violência contra a imprensa.

» Novas condenações de responsáveis por espionagem contra jornalistas

Jornalistas enfrentaram uma nova onda de violência da parte de grupos armados ilegais nos meses que antecederam o anúncio do governo do presidente Juan Manuel Santos de iniciar conversações de paz com o grupo guerrilheiro de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O grupo manteve o repórter francês Roméo Langlois em cativeiro por mais de um mês, o primeiro sequestro de um jornalista internacional na Colômbia desde 2003, de acordo com a pesquisa do CPJ. Fernando Londoño, apresentador de um programa de rádio e ex-funcionário de alto nível do governo, ficou ferido e seu guarda-costas foi morto em um atentado à bomba em Bogotá. A polícia também esteve implicada em um incidente de violência contra a imprensa. Em novembro, o jornalista freelance Guillermo Quiroz Delgado morreu após ser preso enquanto cobria um protesto no departamento de Sucre. No hospital, Quiroz declarou ter sido agredido por policiais. Várias decisões judiciais favoreceram a imprensa. Irritados com as críticas expressas em um artigo de opinião, os sete juízes da Sala Penal da Corte Suprema de Justiça impetraram uma ação penal por difamação sem precedentes contra a colunista Cecilia Orozco Tascón. Os juízes desistirem do processo após sofrerem críticas generalizadas. A Procuradoria-geral classificou os atos de sequestro e violência sexual contra a jornalista Jineth Bedoya, ocorridos em 2000, como crimes contra a humanidade e, portanto, imprescritíveis. E dois ex-funcionários da agência nacional de inteligência (DAS), foram condenados a seis anos de prisão por um programa de espionagem ilegal que tinha como alvo jornalistas críticos, entre outras pessoas.



  • 5th

    Classificação no Índice de Impunidade
  • 3

    Forçados a fugir
  • 2

    Casos de assassinato prescritos
  • 92

    Ameaças
 

O Índice de Impunidade do CPJ constatou que a Colômbia é o quinto pior país do mundo no combate à violência letal contra a imprensa. Pelo menos oito assassinatos de jornalistas ficaram sem solução na última década.

Índice de Impunidade do CPJ:
1. Iraque
2. Somália
3. Filipinas
4. Sri Lanka
5. Colômbia
6. Nepal
7. Afeganistão
8. México
9. Rússia
10. Paquistão
11. Brasil
12. Índia


 

A pesquisa do CPJ demonstrou que três jornalistas colombianos foram obrigados a fugir para outras partes do país em 2012 após terem recebido ameaças relacionadas a suas reportagens. Desde 2007, nove jornalistas colombianos foram forçados a deixar suas casas, de acordo com a análise do CPJ. Apenas um retornou.


Dos que fugiram desde 2007:

4 Foram para o exílio
5 Deslocaram-se para outras regiões do país

 

 

Os casos relativos aos assassinatos dos jornalistas Jon Félix Tirado e José Domingos Cortés prescreveram em 2012 e não podem mais ser objeto de processos judiciais. Em meses recentes, as autoridades não puderam nem mesmo afirmar quem estaria encarregado das investigações.


Impunidade, na lei e na prática:

20 anos

Estatuto de limitação para assassinatos cometidos antes de 2010

30 anos

Estatuto de limitação para assassinatos cometidos depois de 2010, de acordo com a reforma aprovada pelo Congresso

10

Casos de assassinato de jornalistas não resolvidos prescritos em 2011

5

Casos de assassinato de jornalistas não solucionados que prescreverão até o final de 2014
 

As 92 ameaças documentadas até 7 de dezembro colocam a Colômbia no caminho de ultrapassar os níveis registrados nos últimos cinco anos, de acordo com a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP). A organização constatou que as ameaças aumentaram especialmente nos departamentos de Antioquia, Arauca, Cauca, César e Magdalena, que  possuem os mais elevados índices gerais de violência relacionados ao conflito armado do país.

Ameaças na Colômbia nos últimos anos, segundo dados da FLIP: *

* Números de 2012 até 7 de dezembro

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Cobertura Importante em 2012
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