Ataque à Imprensa em 2011: Estados Unidos

Um juiz federal decidiu à favor do repórter James Risen, que invocou a Primeira Emenda para proteger uma fonte confidencial. O Comitê de Repórteres para a Liberdade de Imprensa (RCFP, por suas iniciais em inglês) e outros grupos consideraram esta decisão uma vitória importante para a imprensa. O Departamento de Justiça, que recorreu da decisão, continuou se posicionando de forma agressiva e apresentou acusações penais contra pessoas que vazam informações classificadas. Várias associações de imprensa dos EUA também estavam preocupadas com o número crescente de casos que estavam sendo mantidos sob segredo de justiça pela Suprema Corte. O CPJ informou que o Departamento de Estado ficou aquém em seu primeiro ano de implementação da Lei de Liberdade de Imprensa Daniel Pearl, que exige que as questões sobre o tema sejam incorporadas ao relatório anual sobre direitos humanos do departamento sobre cada país. WikiLeaks esteve nas manchetes novamente quando foram divulgados, sem edição, milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos EUA. Um jornalista etíope foi forçado a fugir do seu país após ser citado em um desses telegramas. Em cinco cidades, a polícia prendeu repórteres e fotógrafos que cobriam as manifestações do Ocupe Wall Street, muitas vezes alegando que os jornalistas não possuíam credenciais suficientes. Pelo menos três outros jornalistas que davam cobertura aos eventos do movimento foram agredidos por manifestantes ou policiais.

Estados Unidos

Principais Acontecimentos

» Dois condenados por orquestrar o assassinato do editor Chauncey Bailey, em 2007.

» O sigilo do governo preocupa grupos de imprensa norte-americanos.

Um juiz federal decidiu à favor do repórter James Risen, que invocou a Primeira Emenda para proteger uma fonte confidencial. O Comitê de Repórteres para a Liberdade de Imprensa (RCFP, por suas iniciais em inglês) e outros grupos consideraram esta decisão uma vitória importante para a imprensa. O Departamento de Justiça, que recorreu da decisão, continuou se posicionando de forma agressiva e apresentou acusações penais contra pessoas que vazam informações classificadas. Várias associações de imprensa dos EUA também estavam preocupadas com o número crescente de casos que estavam sendo mantidos sob segredo de justiça pela Suprema Corte. O CPJ informou que o Departamento de Estado ficou aquém em seu primeiro ano de implementação da Lei de Liberdade de Imprensa Daniel Pearl, que exige que as questões sobre o tema sejam incorporadas ao relatório anual sobre direitos humanos do departamento sobre cada país. WikiLeaks esteve nas manchetes novamente quando foram divulgados, sem edição, milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos EUA. Um jornalista etíope foi forçado a fugir do seu país após ser citado em um desses telegramas. Em cinco cidades, a polícia prendeu repórteres e fotógrafos que cobriam as manifestações do Ocupe Wall Street, muitas vezes alegando que os jornalistas não possuíam credenciais suficientes. Pelo menos três outros jornalistas que davam cobertura aos eventos do movimento foram agredidos por manifestantes ou policiais.



  • 24

    Procedimentos fechados da Suprema Corte, 2010-11
  • 2

    Condenações pelo assassinato de Bailey
  • 0

    Detidos pelos EUA no exterior
  • 1

    Jornalista foi alvo após vazamento de telegramas
  • 20

    Ataques, detenções em protestos do "Ocupe"
 

A Suprema Corte tem mantido sob sigilo de justiça um número crescente de registros e documentos nos últimos anos, de acordo com o Comitê de Repórteres para a Liberdade de Imprensa.

Registros de casos e documentos selados nos últimos anos, segundo RCFP:
24 Período 2010-11
18 Período 2009-10
14 Período 2008-09
2 Período 1993-94

 

Dois homens foram condenados em junho sob acusação de planejar o assassinato, em 2007, do editor Chauncey Bailey, em Oakland. Yusuf Bey IV, considerado culpado de ordenar o assassinato, e o cúmplice Antoine Mackey foram mais tarde condenados à prisão perpétua. O atirador, que se declarou culpado em 2009, está cumprindo uma sentença de 25 anos de prisão.

Jornalistas mortos em relação ao seu trabalho nos Estados Unidos desde 1992:
 

Este foi o primeiro ano, desde 2003, no qual nenhum jornalista esteve sob custódia dos EUA no exterior, revela a pesquisa feita pelo CPJ. A partir de 2004, as forças militares dos EUA mantiveram numerosos jornalistas detidos no Iraque, Afeganistão e Baía de Guantánamo, recirrendo a afirmações vagas de que representavam ameaças à segurança nacional. Todos eles ficaram detidos sem acusações nem o devido processo legal.

Presos pelas forças dos EUA no exterior, como documentado na pesquisa anual do CPJ de 1º de dezembro:

2005: 5
2006: 2
2007: 2
2008: 1
2009: 1
2010: 0 (Um detento foi liberado em fevereiro de 2010)
2011: 0

 

O jornalista etíope Argaw Ashine foi forçado a fugir de seu país após WikiLeaks ter divulgado um telegrama diplomático dos EUA no qual seu nome aparecia. A polícia etíope interrogou Ashine quando o telegrama revelou que o jornalista havia informação diplomatas norte-americanos sobre uma possível repressão à imprensa.


Análise da WikiLeaks:

2

Solicitações foram efetuadas pelo CPJ para a WikiLeaks em 2010, remover os nomes dos jornalistas citados em comunicações diplomáticas. A WikiLea atendeu prontamente.

251.287

Número de telegramas diplomáticos norte-americanos não editados que se tornaram públicos em setembro de 2011.
 

Como a polícia nacional cercou, em todo o país, manifestantes que supostamente estavam em locais não autorizados, também detiveram os jornalistas que faziam a cobertura dos eventos. O credenciamento da imprensa foi o ponto central de vários casos, já que a polícia se recusava a reconhecer jornalistas que não tivessem consigo o que eles considerassem uma credencial oficial. Também foram registradas agressões, incluindo um ataque em Oakland que deixou um cinegrafista ferido.

17: Detenções. A polícia prendeu jornalistas em Nova York, Oakland, Nashville, Richmond e Milwaukee.
1: Ataque cometido pela polícia. Em Nova York, um integrante do canal de televisão Fox 5 foi atingido por spray de pimenta e cassetetes enquanto os policiais tentavam conter manifestantes que atravessavam as barreiras colocadas no local.
2: Ataques por manifestantes.
Em Oakland, vários homens agrediram o cinegrafista da KGO Randy Davis enquanto tentava filmar a sequência de um tiroteio fatal durante uma manifestação. Em Nova York, um manifestante tomou o microfone de um repórter.

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Cobertura Importante em 2011
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