Nova York, 16 de setembro de 2011 – O Comitê para a Proteção dos Jornalistas pediu às autoridades peruanas que realizem uma completa investigação sobre o assassinato do jornalista José Oquendo Reyes, que foi morto a tiros na quarta-feira, e que leve os responsáveis à Justiça.
Oquedo Reis foi atingido cinco vezes à queima roupa por homens não identificados em uma motocicleta no lado de fora de sua casa no município de Pueblo Nuevo, província de Chincha, segundo informações da imprensa local. Ele era apresentador do programa de notícias “Sin Fronteras”, transmitido pela Rádio Alas Peruanas e pela emissora de televisão BTV Canal 45.
“Condenamos o homicídio de José Oquendo Reys, o segundo jornalista peruano assassinado este mês”, disse o vice-diretor do CPJ, Robert Mahoney. “As autoridades devem determinar se o homicídio tem ligação com o trabalho de Oquendo Reyes”.
Oquendo Reyes era conhecido por suas reportagens investigativas, disse ao CPJ Luz Córdova Pecho, presidente do grupo local de imprensa Associação Nacional de Jornalistas de Chincha. A esposa do jornalista, Marina Juárez, disse ao CPJ que ele não havia recebido nenhuma ameaça recentemente.
Córdova Pecho também contou que o chefe de polícia local informou que dois suspeitos haviam sido detidos, mas não forneceu nenhuma outra informação.
O jornalista de televisão Pedro Alfonso Flores Silva morreu no dia 8 de setembro em decorrência de ferimentos à bala que recebeu ao ser atacado por um agressor não identificado. Em maio, o apresentador de rádio Julio Castillo Narváez foi morto a tiros enquanto almoçava na cidade de Virú. O CPJ está investigando ambos os casos para determinar se as mortes estão relacionadas à profissão das vítimas. A pesquisa do CPJ demonstra que pelo menos seis jornalistas foram assassinados em represália direta por seu trabalho desde 1992.